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domingo, 29 de agosto de 2010

A Graça da Humildade

As celebrações litúrgicas deste dia, nos falam sobre a graça da humildade. Digo graça, pois acredito que não se possa alcançar está virtude tão nobre a não ser pela graça de Deus, que tem o poder de moldar a vil criatura humana em divino modelo de santidade.


Em minha vivência cotidiana, percebo que os maiores males que me acometem se dão justamente por não ter eliminado de meu coração as raízes nefastas do orgulho, um trabalho que exige determinação e vigilância constantes. Como seriam evitadas inúmeras ocasiões de quedas e sofrimentos se, a exemplo de Nosso Senhor, cada criatura buscasse cultivar o amor pelas virtudes e, em especial, a mais nobre entre todas elas, a humildade.

Cristo Jesus, sendo o excelso Filho de Deus, Rei supremo de toda a humanidade, assumiu nossa vil condição encarnando no seio de uma virgem, para nos dar a vida. Como eu, mísera criatura, poderia agir de outra forma? Por um acaso tenho maiores merecimentos do que Cristo? Se o Rei se fez servo, porque eu deveria agir de outra forma? O caminho que conduz à felicidade e plena realização humana é o próprio Jesus, manso e humilde de coração. Aquele que seguir por outras vias estará engando a si mesmo.

Como é inquieto o orgulhoso, em sua constante busca por glórias se vê frustrado a cada passo. Quando comete algum erro, culpa sua vitima pelos males e, se de algum modo seu coração reconhece ser culpado, não busca a reparação. Exalta suas qualidades, mas não compreende que tudo aquilo que possui é obra do Altíssimo. Quanto mal faz a sua alma e muitas vezes não percebe, pois, iludido com sua vida, não consegue enxergar uma árvore de vícios crescendo em sua alma.



Meu Senhor...

"Mas quem pode perceber suas faltas?

Perdoai as que não vejo.

E preservai o vosso servo do Orgulho:

Não domine sobre mim

E assim puro, eu serei preservado

dos delitos mais perversos." (Salmo 18b)

domingo, 1 de agosto de 2010

Ser... ou não?

Há momentos na vida em que é necessário refletir sobre os motivos que nos leva a agir e até mesmo mudar a direção para onde caminhamos. No momento estou tomando tais resoluções e confesso que não é nada fácil.
Nunca fui de levantar bandeiras contra o "sistema", como uma revolucionista melodramática copiando velhas idéias falidas. Não luto contra o mundo, até tento me habituar a sua filosofia tão propria. Tentando me adequar ao padrão de vida ditado pela sociedade, acabo destruindo minha propria personalidade. Sou incomum e como é difícil constatar está realidade. As formas e conteúdos predeterminados contribuem para que eu me sinta uma prisioneira em um mundo nada simpático ao meu modo de vida e as aspirações de minha alma, O que para muitos é causa de prazer e satisfação, para mim torna-se um tedioso vazio.
Em meu coração surge um conflituoso dilema: Ser... ou não? Ser igual aos demais e esquecer os valores humanos impressos em minha alma, ou nadar contra a correnteza e proclamar a beleza de ser diferente?
Creio que só serei livre verdadeiramente, quando avançar rumo a eternidade sem medo de ser condenada pelo mundo, sendo o que sou e nada mais.