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sábado, 6 de novembro de 2010

As eleições, o feminino e o aborto...


As eleições chegaram ao fim no ultimo domingo, dia 31 de outubro, com o marco histórico de elevar ao cargo da presidência da república uma mulher. O que parecia improvável em outros tempos. Quem poderia prever tal acontecimento?
Não há como deixar de aproveitar a ocasião para discutir o papel das mulheres no mundo atual. A cada dia que passa a figura feminina tem perdido o caráter de docilidade, equilíbrio e mansidão que lhe era atribuído há tempos. Na luta desenfreada pela igualdade de direitos, a mulher moderna busca de maneira desenfreada esquecer o seu papel real e primordial na trama da vida.
Que os apressados modernistas não me entendam mal. Reconheço o valor das grandes batalhas femininas do passado que proporcionaram conquistas fundamentais, o que critico é exatamente as idéias exageradas fabricadas pela sociedade, que tendem a transformar as jovens em vis objetos ou em homens de saias.
Na sociedade do descartável o maior dom recebido pelos indivíduos se tornou obsoleto. A vida humana nada vale. Poderia me alongar muito sobre esse assunto analisando o ideário neoliberal e a própria questão social, mas não pretendo criar um longo discurso. Digo simplesmente que em nossos tempos é comum o capital em suas relações de lucro tratar o homem trabalhador como um mero objeto sem dignidade. Isso faz parte da cultura capitalista e é promulgada por grandes organizações internacionais. Mas, o que mais me intriga é a plena disposição dos indivíduos simples e humildes em consolidar valores contrários a vida e, portanto, ao próprio homem principalmente no que diz respeito ao aborto. Neste âmbito inúmeras organizações feministas têm declarado forte apoio a criação de uma legislação que permita a interrupção da gestação humana. Dentre elas destaco a ONG "Católicas pelo direito de decidir", e não posso deixar de fazer uma pergunta:
Como pode uma mulher se dizer católica e ao mesmo tempo decidir sobre a vida e a morte de um ser humano em seu ventre, desejosa por cometer um assassinato? Por um acaso o argumento feminista de que para a mulher obter real domínio sobre seu corpo seria necessária a descriminalizarão do aborto (por acreditar que levando até o fim uma gestação não desejada, sua liberdade estaria ameaçada. ) não exprime apenas o individualismo neoliberal fincando fortes raízes na coletividade?
Pobres criaturas manipuladas pelas vãs filosofias atuais. Os tempos mudam, a sociedade se altera, mas a essência que rege todas as criaturas não se modifica. A verdade é eterna e imutável. Para chegar a sua presença é necessário o despojamento de todos os preconceitos e alienações.
Posso desejar ardentemente que o céu transforme sua coloração cinzenta, neste sábado chuvoso, e assuma uma tonalidade lilás (uma de minhas cores favoritas).A simples vontade não poderá obter a transformação que desejo. Posso, inclusive, chegar as raias da loucura e enxerga-lo com a minha coloração preferida, mas ainda sim não terei modificado sua constituição. Assim ocorre em nossos tempos, as pessoas tendem a negar sua própria natureza em busca da realização de um ideário inútil.

Mulheres, seres criados a imagem e semelhança de Deus e que tem a honra de partilhar de sua divindade no momento da concepção de um novo ser, não sejam alienadas pelo mundo moderno que caminha para a sua própria destruição. Utilizem a razão.

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